Carta compromisso está sendo elaborada em parceria com organizações sociais para defender a democracia.
Um pacto entre parlamentares brasileiros e estadunidenses está sendo costurado para combater movimentos antidemocráticos e contestações aos processos eleitorais. A iniciativa visa criar uma frente internacional contra a ascensão da extrema-direita global, em resposta aos recentes eventos ocorridos tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
A comitiva brasileira, liderada pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), esteve em Washington e se encontrou com congressistas dos EUA, incluindo o democrata Jamie Raskin, um dos principais investigadores da invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021.
Segundo Gama, a intenção é ampliar esse compromisso para além das fronteiras, englobando países da América Latina e Europa, numa ação conjunta em defesa da democracia. Ela destacou a importância de unir forças diante dos ataques aos processos eleitorais e à democracia em todo o mundo.
A carta compromisso, que será assinada pelos parlamentares, enfatizará a necessidade de reconhecer os processos eleitorais, os tribunais eleitorais e as juntas eletrônicas, além de abordar a desinformação disseminada por algumas plataformas.
De acordo com Rogério Sottili, diretor executivo do Instituto Vladimir Herzog, a extrema-direita representa uma ameaça global às democracias. Ele ressaltou a importância de combater esses movimentos autoritários e antidemocráticos em todo o mundo.
A iniciativa ganhou apoio de figuras influentes, como o senador Bernie Sanders, que se mostrou disposto a contribuir para a construção desse movimento internacional em defesa da democracia.
Participaram da comitiva brasileira outros parlamentares, como Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), Rogério Correia (PT-MG) e Rafael Brito (MDB-AL), todos membros da CPMI do 8 de janeiro, que investigou os eventos ocorridos no Brasil.
