
Porto Velho voltou a registrar a pior qualidade do ar do país nesta semana, segundo dados da IQAir, empresa suíça especializada na medição de níveis de poluição. Desde as primeiras horas da manhã, uma densa camada de poluição tem coberto a cidade, elevando o Índice de Qualidade do Ar (IQA) a 557, classificação “perigosa”, o mais alto grau da escala. Esta escala varia de “Bom” a “Perigoso”, passando por “Moderado”, “Insalubre para grupos sensíveis”, “Insalubre” e “Muito insalubre”.
No início de agosto, a capital de Rondônia também liderou os rankings de pior qualidade do ar, com um IQA de 272. Em menos de duas semanas, o índice duplicou, alcançando níveis ainda mais alarmantes.
Imagens de satélite mostram que Rondônia está no centro de uma área com alta concentração de queimadas, em um período marcado por seca extrema. Julho foi o mês com o maior número de focos de incêndio na região em quase 20 anos, o que tem contribuído diretamente para a piora da qualidade do ar na capital. Especialistas apontam o desmatamento, o avanço das pastagens no sul do Amazonas e as queimadas como principais fatores para a situação.