Um incêndio que começou em 11 de julho já devastou cerca de 22% do Parque Estadual Guajará-Mirim, localizado na zona rural de Nova Mamoré (RO). A área afetada, equivalente a aproximadamente 50 mil campos de futebol, representa uma perda significativa para a unidade de conservação, que é essencial para a preservação da biodiversidade na região.
Desde 18 de julho, brigadistas do Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais) estão atuando no combate às chamas, concentrando esforços em 12 pontos críticos da área. A situação se agrava com a possibilidade de ação criminosa, investigada pela Polícia Militar Ambiental. Segundo os agentes, garrafas utilizadas para armazenar combustível foram encontradas próximas aos focos do incêndio, reforçando a suspeita de incêndio criminoso.
“O trabalho dos brigadistas é contínuo, mas, frequentemente, após controlar um foco, o fogo é reativado com sinais de uso de combustível”, afirmou César Luiz, superintendente do Ibama.
Além disso, o Ministério Público Federal (MPF) recomendou à União a liberação urgente de recu
rsos para a contratação de 450 brigadistas adicionais e a disponibilização de três helicópteros equipados para o combate ao incêndio.
César Luiz também ressaltou a importância biológica da área: “No estado de Rondônia, qualquer remanescente de áreas como essa tem uma relevância imensa, sendo o último refúgio para a biodiversidade local”.
