‘precisa abrir um buraco no chão pra apanhar um pouquinho de água’
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 110 litros por dia é o necessário para suprir as necessidades básicas de uma pessoa. Em quase 60 anos, nunca houve uma seca tão severa no rio Madeira.
Às margens de um dos maiores rios do Brasil — o Madeira — famílias ribeirinhas vivem com menos de 50 litros de água por dia em razão da seca histórica e a estiagem extrema que atinge Rondônia. A quantidade é menos da metade dos 110 litros por dia considerados pela Organização das Nações Unidas (ONU) como necessários para suprir as necessidades básicas de uma pessoa.
“Hoje mesmo foi um dia que ninguém pegou água aqui. A gente tá com a água que veio ontem ainda. Ontem veio um pouco de água e a gente guardou, porque tem dias que não vem”, disse o ribeirinho Raimundo Souza, morador do distrito de São Carlos
Neste sábado (31), a média observada no Madeira foi de 1,26 metro, quando deveria estar em 4,28 metros, ou seja: o rio está mais de dois metros abaixo do que era esperado.
A falta d’água afeta diretamente a população. Em São Carlos, para atender ao menos as necessidades básicas, os moradores da comunidade precisam adotar medidas extremas, como fazer buracos no chão para extrair água.
Ribeirinho cava buraco no chão para conseguir água — Foto: Arquivo Pessoal
“Às vezes a gente precisa abrir um buraco para apanhar um pouquinho de água pra poder lavar uma louça, tomar um banho. E é contado, a situação pra nós tá difícil”, revela Raimundo. Fonte: G1 RO
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