A ciclopia compromete funções vitais e, na maioria dos casos, é incompatível com a vida. Veterinária explica que problema ocorre quando durante o desenvolvimento embrionário.
Depois do nascimento de um filhote de gato com apenas um olho no distrito de Nova Conquista, em Vilhena (RO), surgiram dúvidas sobre a ciclopia, anomalia congênita rara que chamou atenção pela aparência incomum do animal.
O filhote viveu apenas um dia, já que além da ausência de dois olhos, apresentava dificuldades respiratórias, consequência comum da má formação, que compromete também as narinas.
Mas o que é ciclopia?
Segundo a veterinária Janete Silva, especialista em cirurgias animais, a ciclopia é caracterizada pela fusão dos olhos em uma única cavidade central. O problema ocorre quando, durante o desenvolvimento embrionário, o cérebro não se divide corretamente em dois hemisférios. Como os olhos acompanham essa divisão, acabam se formando juntos.
O termo “ciclope” vem da mitologia grega, em referência aos gigantes com um único olho na testa.
A veterinária Janete ressalta que a expectativa de vida de animais que nascem com essa condição é bastante baixa, já que a má formação também compromete as narinas, dificultando a respiração, como aconteceu com o filhote.
Classificação oficial
De acordo com documentos do Ministério da Saúde, a ciclopia está entre as anomalias congênitas do sistema nervoso. A condição pode estar associada a alterações cromossômicas ou à exposição da mãe a toxinas e medicamentos durante a gestação.
A expectativa de vida de bebês ou animais com ciclopia é extremamente baixa, já que a má formação compromete funções vitais como respiração e alimentação.
Outros registros
O g1 já noticiou casos semelhantes, como o de um filhote de tubarão ciclope encontrado no Golfo da Califórnia em 2011, confirmado por especialistas como uma ocorrência real e raríssima.
Esses registros reforçam que a ciclopia, embora impressionante, é uma condição congênita grave e, na maioria dos casos, incompatível com a vida.
Por g1 RO



