Pesquisadores da UFPE documentam fenômeno a até 60 metros, alertando para impactos ambientais.
Em uma expedição apoiada pela WWF-Brasil, cientistas da UFPE fizeram uma descoberta alarmante: o branqueamento de corais atingiu profundidades nunca antes registradas no Atlântico Sul. Esse fenômeno, causado pelo aumento da temperatura dos oceanos, pode ter graves consequências para a vida marinha.
Mauro Maida, pesquisador envolvido na expedição, expressa surpresa com a extensão do branqueamento, especialmente em corais-de-fogo, encontrados em profundidades entre 43 e 50 metros. Esses corais, normalmente associados a águas mais rasas, revelam a rápida deterioração dos ambientes marinhos.
A elevação da temperatura dos oceanos afeta a relação simbiótica entre os corais e as algas zooxantelas, responsáveis por sua nutrição e coloração. Quando as algas abandonam os corais, estes tornam-se esbranquiçados e mais vulneráveis a doenças e morte.

Este fenômeno, anteriormente associado a águas mais rasas, agora atinge as chamadas zonas mesofóticas, revelando a extensão dos danos causados pelo aquecimento global. Os cientistas alertam que o branqueamento de corais é um indicador crítico das mudanças climáticas globais.
Leonardo Messias, do Cepene, destaca a gravidade do problema e sua conexão com desastres naturais, evidenciando a urgência de ações para mitigar os impactos das mudanças climáticas.
Tags: corais, branqueamento, mudanças climáticas, conservação marinha
Meta-descrição: Pesquisadores documentam branqueamento de corais em profundidades inéditas no Atlântico Sul, alertando para os impactos das mudanças climáticas na vida marinha e destacando a necessidade de ações urgentes para sua conservação.