Defesa Civil emite alertas para risco de inundação nos vales do Taquari e do Caí
Com o retorno das chuvas intensas em várias cidades do Rio Grande do Sul na noite de sábado (11), incluindo a capital, Porto Alegre, a Defesa Civil gaúcha emite novos avisos para que a população busque refúgio em áreas seguras.
Os vales do Taquari e do Caí são algumas das regiões com “risco de inundação severa”, conforme alertas recentes da Defesa Civil. “Quem reside em áreas próximas, ou em locais com histórico de alagamentos ou inundações, deve evacuar antecipadamente, de forma organizada, buscando abrigo seguro”, orienta o órgão.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, alertou que os rios Taquari, Jacuí, dos Sinos e Caí devem voltar a subir, após um breve recuo nos últimos dias. “Espalhem essa informação”, solicitou Leite em vídeo divulgado nas redes sociais do governo.
Na região metropolitana de Porto Alegre, o prefeito de Canoas, Jairo Jorge, fez um apelo para que quem retornou para casa após a diminuição das águas deixe novamente as áreas vulneráveis a alagamentos. “Saia imediatamente, porque as águas retornarão, e a pessoa provavelmente precisará ser resgatada se ficar”, alertou em vídeo publicado nas redes sociais.

De acordo com o último balanço do governo estadual, mais de 76 mil pessoas foram resgatadas após ficarem ilhadas em diversos pontos de alagamento em 446 municípios afetados. Além disso, mais de 10 mil animais foram salvos.
Em Porto Alegre, o Lago Guaíba registrou aumento de nível neste domingo (12), com previsão de ultrapassar a marca de 5 metros, 2 acima da cota de inundação, devido ao aumento da vazão dos rios e à ação dos ventos.
A Laguna dos Patos, ao sul, também apresenta níveis elevados e tendência de aumento nos pontos monitorados das regiões costeiras, conforme a Sala de Situação do Rio Grande do Sul.
A Defesa Civil alerta as pessoas afetadas pelas cheias a não atravessarem áreas alagadas a pé ou de carro. “Procure informações com a Defesa Civil de sua cidade. Em caso de emergência, ligue 193/190”, recomenda o órgão.
Até o momento, foram registradas 143 mortes causadas pelas chuvas e enchentes no estado, desde o final de abril. Há 131 pessoas desaparecidas, e mais de meio milhão de pessoas ficaram desalojadas, com mais de 81 mil em abrigos temporários.