O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou uma redução de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros da economia, a Selic, fixando-a em 10,5% ao ano. Essa diminuição era amplamente esperada pelo mercado financeiro, marcando a sétima queda consecutiva da taxa.
O contexto de aumento do dólar e crescente incerteza levou o Copom a adotar uma postura mais cautelosa em relação aos cortes de juros. A decisão de reduzir a Selic contou com 5 votos a favor e 4 contra, refletindo a divisão entre os membros do comitê.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, desempatou a votação ao se posicionar a favor do corte de 0,25 ponto. O comunicado do Copom destacou a preocupação com o cenário internacional e a inflação acima da meta, sem, no entanto, oferecer indicações sobre futuras movimentações na taxa de juros.

A Selic atingiu seu menor patamar desde fevereiro de 2022, refletindo a postura de estímulo econômico adotada pelo Banco Central diante dos impactos da pandemia. A redução dos juros visa impulsionar a economia, tornando o crédito mais acessível para investimentos e consumo.
A queda da Selic pode estimular o crescimento econômico, como indicam projeções que apontam para uma expansão do PIB em 2024. No entanto, a medida também aumenta o desafio no controle da inflação, que se mantém no teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.
A taxa básica de juros é um importante instrumento para o controle da inflação, mas também influencia o crédito e os investimentos na economia. A decisão do Copom reflete o equilíbrio entre impulsionar o crescimento e garantir a estabilidade de preços.

Com informações da EBC