Empresas públicas e privadas podem participar da ação
A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) é uma das 103 instituições que aderiram à 7ª edição do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, promovido pelo Ministério das Mulheres. A assinatura do termo de compromisso das empresas participantes aconteceu em uma cerimônia nesta terça-feira (28).
Segundo Rosane da Silva, secretária Nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados, a participação da EBC é crucial para mudar comportamentos nos ambientes de trabalho. “A EBC e todas as empresas de comunicação são fundamentais. Como são empresas que dialogam com a população, podem repercutir ações que promovem equidade, inclusão e respeito à diversidade nas notícias”, afirmou.
Objetivos do programa
O Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça incentiva políticas e práticas corporativas que eliminem barreiras de remuneração, crescimento profissional e permanência no trabalho por questões de gênero e raça. Tanto empresas públicas quanto privadas podem participar e, ao aderirem, recebem um selo que as identifica como promotoras da igualdade no ambiente de trabalho.
Rosane destacou que a assinatura dos termos coroa um esforço de reconstrução do programa, descontinuado em 2016. “Desde janeiro de 2023, retomamos políticas públicas que colocam a mulher no centro do orçamento do Brasil, permitindo que a mulher negra, que sustenta a maioria dos lares, possa ascender no trabalho”, disse.

Compromisso
Na EBC, o compromisso com o programa foi reafirmado, retomando um trabalho iniciado em 2012 com a criação do Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça. Segundo Mara Régia, radialista e apresentadora, muitas conquistas do colegiado foram descontinuadas nos últimos anos. “Construir é difícil e reconstruir demora, e não foi diferente com o comitê da EBC”, comentou.
Medidas como a reinstalação de uma sala de amamentação e a criação de cartilhas sobre direitos dos trabalhadores foram retomadas antes mesmo da adesão ao programa.
Medidas e ações
Maíra Bittencourt, diretora-geral da EBC, destacou que a empresa está comprometida em refletir sobre essas questões e implementar ações que não exigem grandes investimentos, mas geram impactos significativos. “Estamos assumindo que é preciso refletir sobre essas questões e agir”, afirmou.
A adesão ao programa é voluntária e deve ser renovada anualmente, com a publicação de um relatório de transparência salarial, existência de um canal para denúncias e medidas para apuração de assédio e discriminação. Após a adesão, as empresas devem elaborar planos de ação para promover equidade de gênero e raça, a serem implementados em até dois anos.
Plano da EBC
O plano da EBC prevê a promoção de encontros e discussões sobre questões de gênero e raça, além da realização de um censo sobre a diversidade dos empregados. Maíra mencionou que outras medidas já estão em andamento. “Começamos uma reestruturação da participação social na EBC e pretendemos criar um grupo específico para trabalhar com diversidade e inclusão”, concluiu.
Em 2023, as empresas participantes movimentaram mais de R$ 680 bilhões na economia brasileira.