Ministério da Saúde indica início imediato do tratamento devido ao aumento do risco após enchentes.
Diante das suspeitas de leptospirose no Rio Grande do Sul, o tratamento contra a doença deve ser iniciado imediatamente, mesmo sem confirmação laboratorial, conforme orientação do Ministério da Saúde. A medida visa mitigar o aumento do risco em decorrência das enchentes no estado. Profissionais de saúde devem estar atentos a essa recomendação, destacou o ministério.
A leptospirose está associada a condições precárias de infraestrutura e à alta presença de roedores infectados, agravadas por desastres climáticos como inundações. A disseminação da bactéria em tais cenários pode facilitar surtos da doença, ressaltou o comunicado.
A pasta orienta que pacientes com febre e dores, especialmente na região lombar e panturrilha, que tenham tido contato com água ou lama de enchentes até 30 dias antes do início dos sintomas, recebam tratamento com quimioprofilaxia. Essa abordagem permite identificar mais casos na fase inicial da doença, frisou o ministério.

Além disso, é importante informar a todas as pessoas expostas sobre os sinais e sintomas da leptospirose e onde buscar assistência médica. Agentes públicos devem considerar a origem do paciente, já que muitos podem estar em municípios vizinhos após se abrigarem durante as chuvas.
Quimioprofilaxia e Uso Preventivo A quimioprofilaxia, embora não seja recomendada como medida de prevenção em saúde pública, pode ser considerada para equipes de resgate expostas ao risco constante de infecção. A decisão de seu uso fica a critério da gestão local, dependendo da disponibilidade de medicamentos.
A leptospirose é uma doença febril transmitida pela urina de animais infectados, como ratos, e a exposição à água contaminada é o principal meio de contágio. Comum em áreas com infraestrutura precária e alta infestação de roedores, as enchentes aumentam significativamente o risco de surtos da doença.