Especialistas ressaltam a importância de reconhecer a hipertensão arterial em crianças, especialmente no Dia Mundial da Hipertensão Arterial.
Embora a hipertensão arterial seja mais comum em adultos, atingindo cerca de 30% da população brasileira, o presidente do Departamento de Cardiologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Jorge Afiune, alertou que também afeta crianças.
Afiune explicou que, devido à sua baixa prevalência em crianças, a hipertensão às vezes não é investigada rotineiramente, o que pode levar a diagnósticos tardios e agravamento da condição.
No Dia Mundial da Hipertensão Arterial, Isabela Rangel, diretora médica do Pro Criança Cardíaca, enfatizou a importância de detectar e prevenir a hipertensão arterial em crianças e adolescentes, destacando que a medição da pressão arterial deve ser parte regular das consultas pediátricas.

Existem dois tipos de hipertensão: primária, relacionada a fatores genéticos e ambientais, e secundária, causada por condições médicas identificáveis. O diagnóstico precoce é crucial para determinar o tratamento adequado.
Estatísticas mostram que entre 3% e 15% das crianças e adolescentes brasileiros sofrem de hipertensão, mas Afiune estima que o número mais próximo esteja entre 3% e 5%. Ele ressalta a influência do sobrepeso e da obesidade, que afetam até 30% da população, especialmente entre os adolescentes.
O estilo de vida moderno, com sedentarismo e má alimentação, contribui para esse cenário preocupante, destacou Afiune. Ele enfatizou a importância da medição da pressão arterial nas consultas pediátricas como ferramenta para detecção precoce e intervenção eficaz.