A crise se agravou com a repercussão do caso envolvendo a empresa Plator Engenharia
O secretário-geral de Governo de Porto Velho, Oscar Dias Neto, foi exonerado do cargo nesta semana. Embora o desligamento tenha ocorrido a pedido do próprio Oscar, a saída não representa um rompimento com o núcleo central da gestão liderada pelo prefeito Léo Moraes. A exoneração foi precedida por intensa pressão nos bastidores, iniciada na noite da última segunda-feira (19). A crise se agravou com a repercussão do caso envolvendo a empresa Plator Engenharia.
A Prefeitura de Porto Velho aderiu, por meio de carona, a uma Ata de Registro de Preços firmada por um consórcio de pequenos municípios de Minas Gerais. No mesmo dia, empenhou cerca de R$ 8 milhões, o que levantou suspeitas no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e no Ministério Público (MP), que investigam possíveis irregularidades, incluindo denúncias de solicitação de propina para agilizar a tramitação de processos. Durante sua permanência à frente da Secretaria-Geral de Governo, Oscar Neto concentrou amplos poderes administrativos, políticos e contratuais. Ele atuava como filtro, executor dos interesses políticos do grupo que sustenta a atual gestão. SGC
