Da Assessoria
Durante sessão na Câmara Municipal de Porto Velho nesta terça-feira (16), a vereadora Sofia Andrade (PL) fez um discurso contundente, criticando o que chamou de “desgoverno” e a inércia do Congresso Nacional em relação à atividade de garimpo na região amazônica.
A parlamentar defendeu os garimpeiros, argumentando que eles são trabalhadores honestos que enfrentam perseguição e marginalização, enquanto grandes empresas internacionais têm acesso facilitado à exploração de recursos minerais brasileiros.
Sofia questionou a postura do governo, que, segundo ela, trata os garimpeiros como “terroristas”, enquanto ignora a atuação de grupos criminosos. “Por que o nosso povo não pode minerar no Brasil enquanto eles trabalham e fazem lobby dentro do Congresso Nacional para que longas internacionais, europeias, americanas, possam minerar dentro do Brasil?”, questionou a vereadora. Ela ressaltou que o Brasil possui vastas reservas de minérios como ouro, diamante e cassiterita, mas que o garimpeiro local não consegue legalizar sua atividade.
A vereadora comparou a situação brasileira com a de países vizinhos, como a Venezuela, que estariam exportando toneladas de ouro. “De onde sai o povo da Venezuela, senhores? O Brasil deixa de arrecadar, deixa de investir no seu povo por causa do garimpo ilegal por culpa do governo que não legaliza”, afirmou, defendendo a necessidade de regulamentar a atividade.
Sofia Andrade também criticou a falta de ação do Estado contra o crime organizado, contrastando com a repressão direcionada aos garimpeiros. “É muito mais fácil combater homens e mulheres, trabalhadores, porque eles estão ali a meio de cedo de chegar e explodir e eles podem recorrer a quem?”, indagou. Ela citou exemplos de operações policiais que resultaram na destruição de balsas de garimpo, mas questionou por que ações semelhantes não são realizadas contra “o ninho das facções criminosas nas favelas onde todo mundo sabe aonde está a rua”.
A vereadora apelou aos políticos em Brasília, incluindo senadores e deputados federais, para que se posicionem e priorizem a causa dos garimpeiros. “Nós não podemos aceitar que uma grande parcela do nosso Estado, que são os trabalhadores que trabalham de forma honesta, porém não conseguem legalizar as mostradas com políticas de nome internacional dentro do Congresso Nacional sem canais compartilhados”, concluiu.
A parlamentar manifestou seu repúdio ao que considera uma perseguição a trabalhadores honestos, enquanto outras formas de criminalidade, como a exploração infantil, permanecem impunes.