O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu seguir com o processo que pode cassar o mandato do deputado Chiquinho Brazão, acusado de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco.
Conduta violenta e ilícitos graves
Por 16 votos a 1, o colegiado entendeu que Brazão cometeu atos de violência política contra Marielle, incluindo “ilícitos penais de altíssima gravidade, classificados como hediondos”.
Prisão e expulsão do partido
Brazão está preso desde março por obstrução de Justiça e foi expulso do União Brasil. O plenário da Câmara já havia aprovado parecer mantendo sua prisão.

Defesa nega envolvimento
A defesa de Brazão pediu o afastamento da relatora por parcialidade, mas o pedido foi negado. Os advogados negam qualquer relação do deputado com milícias e alegam que ele é inocente.
Participação virtual e defesa técnica
Por videoconferência, Brazão alegou inocência e disse que sua área eleitoral inclui bairros dominados tanto por milícias quanto por traficantes. A defesa argumentou pela arquivamento do processo por falta de justa causa.
Denúncia da PGR
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou os irmãos Brazão ao Supremo Tribunal Federal (STF) por homicídio e organização criminosa. A PGR alega que o assassinato teve motivo torpe, foi realizado com emboscada e proteção de interesses econômicos das milícias.