O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) revela um aumento significativo no faturamento do setor minerário no primeiro trimestre de 2024, acompanhado por críticas à proposta de Imposto Seletivo na reforma tributária.
No primeiro trimestre deste ano, o setor minerário apresentou um crescimento notável, com um aumento de 25% no faturamento e de 18,3% nas exportações em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os resultados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que representa as principais mineradoras do país, e destacam Minas Gerais e Pará como os estados com maior contribuição para esse crescimento.
O faturamento total do setor atingiu R$ 68 bilhões, impulsionado especialmente pelos estados mencionados, que registraram expansão acima da média nacional. O minério de ferro foi o principal responsável por esse desempenho, representando 64,2% do faturamento total, seguido pelo cobre e ouro.

Apesar do cenário positivo, o Ibram expressou preocupação em relação à proposta de Imposto Seletivo, previsto na reforma tributária. Segundo representantes da entidade, o tributo, da forma como está sendo proposto, tende a ter um caráter predominantemente arrecadatório, o que poderia afetar a competitividade do setor no longo prazo.
O Imposto Seletivo, inspirado em medidas adotadas por outras nações, visa desencorajar o consumo de determinados produtos considerados prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. No entanto, o Ibram argumenta que a aplicação desse imposto no Brasil pode comprometer a atratividade do país como destino de investimentos no setor minerário.
Além das questões relacionadas ao imposto, o Ibram também abordou a questão do garimpo ilegal, destacando a necessidade de maior fiscalização e discussão sobre o marco regulatório. O garimpo ilegal representa um desafio significativo para o setor, com consequências negativas tanto em termos ambientais quanto econômicos.